O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, ou seja, um distúrbio no desenvolvimento cerebral.⠀
Os déficits de desenvolvimento se manifestam, geralmente, do nascimento aos 6 anos de idade e variam, desde limitações específicas na aprendizagem e controle motor até prejuízos nas habilidades sociais e na inteligência. É nessa fase que o cérebro realiza a maioria das ligações entre os neurônios, estabelecendo as condições para o desenvolvimento da criança.⠀
Existem sintomas que podem ser identificados pelos pais e ainda, ajudar no diagnóstico de autismo:
- Não mantém ou faz pouco contato visual;
- Não responde ao sorriso dos pais ou a outras expressões faciais;
- Não olha para objetos ou eventos que o cuidador está apontando;
- Apresenta giros, balanços, movimentos repetitivos com as mãos e troncos, bate palmas repetidamente (chamado esses de “movimentos estereotipados”).
- Gosta de rotina, ordem e rituais, com dificuldade em mudanças;
- Obcecado em atividades incomuns, fazendo repetidamente durante o dia;
- Brinca com partes dos brinquedos, não como um todo, não dando função adequada aos brinquedos (ex: girar rodas do caminhãozinho de brinquedo) e por vezes prefere enfileirar por cor/tamanho;
- Se incomoda com som e é muito sensível ao toque;
- Anda prologando nas pontas dos pés;
- Seletividade alimentar;
- Atraso na fala;
- Entre outros.
O diagnóstico é feito através de uma avaliação médica especializada, sendo exclusivamente clínico. Depende de uma história bem colhida e detalhada sobre gestação, parto, desenvolvimento, família, rotina, alimentação, comportamento.
Observação e análise atenta daquela criança.⠀
Vale lembrar que, enquanto uma criança não possui diagnóstico, ela dever ser estimulada.⠀
O tratamento é baseado em um conjunto de terapias multidisciplinares, visando reduzir os prejuízos das manifestações e a exposição da criança a estímulos que intensificam o seu neurodesenvolvimento.
Dra Ariane Meneguzzo Tolari
CRM-MT 10424 RQE 5386
Neuropediatra